segunda-feira, 28 de abril de 2014

Você tem Experiência? - Paródia

Já ouvi uma música e chorei, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já salvei um animal, já quis ser violonista, mágico, veterinária e trapezista. Já me escondi em baixo da cama. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já me roubaram beijo. Já me confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andado pelo desconhecido. Já raspei fundo da panela de brigadeiro, já me cortei cortando papel. Já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi em árvores para pegar frutas, já perdi e tive que pagar aposta, já cai da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentada no chão do banheiro, já fugi de casa por 2 dias. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei felicidade, já roubei flores. Já me apaixonei e achei que era pra sempre, mas era um “para sempre” pela metade. Já deitei na areia de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.
 E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: “Qual sua experiência?”. Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência. Será que ser “plantador de sorrisos” é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
 Agora, gostaria de indagar uma pequena coisa pra quem formulou esta pergunta. “Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?”

  A  paródia é um gênero textual com característica predominantemente descritiva.
  Texto produzido nas aulas de Técnica de Redação na Escola Celestin Freinet sob orientação do Prof. Esp. Flávio dos Santos.
  De acordo com o dicionário Michaelis (2002, p. 580) Paródia significa: Imitação cômica de uma obra literária.


FONTE


MICHAELIS: dicionário escolar língua portuguesa. - São Paulo: Editora Melhoramentos, 2002. - (Dicionário Michaelis)

Tempo Ruim

    Esses são dias ruins. Mas não dias ruins como os outros… Essa madrugada fui até a minha varanda, não fui porque eu simplesmente quis, fui porque eu realmente precisava. Estava uma garôa forte, fazia já alguns dias em que as noites estavam assim, e não era só o tempo em si, mas o tempo dentro de mim. Me enrolei em um cobertor, e lá fiquei.
 Chorei, posso parecer forte mas no fundo não sou. Notei que eu estava falando sozinha, desabafando sozinha e não tinha pessoa melhor pra me escutar a não ser eu mesma. Ninguém nunca realmente se importa com você, na verdade, ninguém nunca se importa… Perdi a fé em tanta gente, e principalmente em você. Dói, eu sei. Mas vai passar, assim como a garôa lá fora também vai passar, são apenas dias ruins, mas a garôa passa, eu sei que passa…

Fim de Tarde

   Nostalgia é a palavra perfeita pra descrever o que eu sinto agora. Ouvindo uma música que ouvia todos os dias naqueles tempos, estou naquele mesmo lugar agora. O vento trouxe aquele cheiro, um cheiro que me lembra um fim de tarde com aquelas pessoas e no mesmo horário em que você sempre chegava. Triste a realidade, é fim de tarde agora, mais triste ainda é sentir esse cheiro e ter a certeza de que você não vai estar atras da porta tocando a campainha.


Pai, Herói

  Feliz Dia dos Pais ao meu melhor amigo, herói, meu pai. Eu o amo muito e a falta no dia a dia é gigante.
  Ele é meu melhor orgulho e por mais que eu esteja longe, faço de tudo para o ver feliz, assim como eu sei que ele também faz de tudo para me ver feliz.
  Sinto a falta do “bom-dia” calmo que me dava todas as manhãs ao acordar, do abraço dele, da comida dele, das suas piadas sem graça e dos nossos CD’s de rock bem alto no carro.
  É... esse é o dia dele, e não apenas hoje, mas todos os dias. Ele é o melhor do mundo em todos os sentidos, meu orgulho, meu melhor amigo, minha paixão, meu herói, meu pai.

  A crônica é um gênero textual com característica predominantemente narrativa.
  Texto produzido nas aulas de Técnica de Redação na Escola Celestin Freinet sob orientação do Prof. Esp. Flávio dos Santos.
  De acordo com o dicionário Michaelis (2002, p. 218) Crônica significa: Narração histórica pela ordem de tempo em que se deram os fatos.

FONTE

MICHAELIS: dicionário escolar língua portuguesa. - São Paulo: Editora Melhoramentos, 2002. - (Dicionário Michaelis)